
A MODA SEMPRE ESTEVE EM MIM
Se eu pudesse traduzir minha trajetória em um tecido, ele não seria apenas um pano qualquer – mas uma tapeçaria rica, cheia de tramas entrelaçadas por experiências, histórias e descobertas. Porque moda, para mim, nunca foi só roupa. Foi identidade, expressão e um destino que, de alguma forma, sempre me chamou.
ONDE TUDO COMEÇOU
Ao contrário do que muitos imaginam, eu não nasci no Rio Grande do Sul. Meu primeiro respiro foi na Bélgica, um país pequeno, mas gigante em cultura e sofisticação. Desde cedo, cresci cercada por tecidos, linhas e um olhar apurado para os detalhes – algo que vinha da minha família e que, sem que eu percebesse, já moldava meu futuro.
Ainda criança, vim para o Brasil e, à medida que crescia, a moda começou a fazer parte do meu universo de uma maneira quase natural. Enquanto outras crianças brincavam de boneca, eu observava as roupas. As formas, os cortes, os tecidos – tudo parecia contar uma história.
A FASE EM QUE A MODA SE TORNOU UM CAMINHO
Na adolescência, eu já sentia que a moda ia muito além daquilo que aparecia nas vitrines. Eu nunca fui de seguir tendências – ao invés disso, gostava de entender o que estava por trás delas. Meu olhar sempre foi de observação, de absorver e decodificar o que fazia sentido.
Foi nessa fase que a moda deixou de ser apenas uma admiração e começou a se tornar um caminho real. Os primeiros contatos profissionais vieram naturalmente, como se eu apenas estivesse seguindo um roteiro que, de alguma forma, já estava escrito para mim.
AS PRIMEIRAS VIAGENS E O MUNDO COMO SALA DE AULA
Viajar sempre foi essencial para mim. Cada destino se transformava em um laboratório vivo, onde eu podia observar, entender e sentir o que realmente movia a indústria da moda. Paris, Milão, Londres, Nova York... Cada cidade me mostrava uma nova perspectiva.
Eu nunca fui uma turista comum. Sempre preferi olhar além do óbvio. Enquanto muitos viam vitrines, eu enxergava comportamento. Enquanto outros admiravam passarelas, eu decifrava padrões. O meu olhar estava treinado para absorver o novo e conectar pontos invisíveis.
Essas viagens foram moldando a profissional que eu sou hoje. Me ensinaram que a moda não acontece apenas nos holofotes dos desfiles – mas nos detalhes, nas ruas, nos movimentos que nascem antes mesmo de serem notados pelo grande público.
O COMEÇO COMO PROFESSORA
Foi esse olhar curioso e analítico que me levou a me tornar professora de moda na UCS. E, desde o início, eu sabia que queria ensinar de uma maneira diferente. Não bastava apenas transmitir conhecimento – eu queria inspirar.
Minhas aulas sempre tiveram vida. Nunca gostei de fórmulas prontas ou teorias sem alma. Moda, para mim, sempre foi sobre contexto, sobre entender o mercado, sobre fazer escolhas inteligentes e autênticas. E foi ali, na sala de aula, que muitos alunos começaram a perceber que moda não é só sobre tecidos – é sobre construir narrativas, enxergar oportunidades e criar algo com propósito.
HOJE: PESQUISA, CONSULTORIA E A ARTE DE DECIFRAR O QUE VEM PELA FRENTE
Hoje, o que eu faço vai muito além de acompanhar a moda. Eu pesquiso, analiso, conecto pontos e trago clareza para marcas que querem se posicionar estrategicamente.
As minhas palestras não são previsíveis. Minhas análises não vêm de achismos. O que eu entrego é um estudo profundo, baseado em experiência real, em viagens estratégicas, em bastidores que poucos têm acesso.
Com o CS Design Studio, eu ajudo marcas a se conectarem com seu próprio DNA e a construírem algo que vai além do passageiro. Não é sobre seguir tendências – é sobre fazer sentido, na hora certa, para o público certo.
O FUTURO: ABERTO, MAS SEMPRE EM MOVIMENTO
Se tem uma coisa que eu aprendi ao longo dos anos, é que a moda nunca está parada. Ela se move, se transforma, se reinventa.
E é exatamente isso que me fascina. Eu nunca sigo roteiros engessados. Prefiro estar sempre um passo à frente, observando, decifrando e ajudando marcas a entenderem o que faz sentido para elas, antes mesmo que o mercado perceba.
Porque moda não é só sobre prever o futuro. É sobre compreendê-lo antes que ele aconteça.
E é isso que eu faço.